terça-feira, 27 de setembro de 2016

Conheça “A História das Coisas” o simples e incrível video de Annie Leonard

"Precisamos fazer uma nova revolução industrial que transforme nossos sistemas de produção e consumo drasticamente"

Em 2012 jornal O Globo publicou uma interessante entrevista com a ambientalista Annie Leonard, do conhecido vídeo “A História das Coisas (Story of Stuff). Nesta entrevista, Annie diz coisas que não podemos perder de vista, e ainda mais quanto mais mergulhamos num cotidiano de consumismo excessivo – e, muitas vezes, desnecessário:

Há ainda milhões e milhões de pessoas no mundo que vivem na pobreza, que vão dormir com fome e que precisam de bens materiais básicos de saúde e educação. Para essas pessoas, é importante, essencial. Mas também há milhões de pessoas que têm mais do que realmente precisam. Essas pessoas associam status, felicidade e segurança à quantidade de bens que possuem. Felizmente, eu percebo que muita gente começa a pensar de forma diferente.



Para quem não lembra, ou não assistiu A História das Coisas, trata-se deste excelente vídeo, logo abaixo:


Na entrevista, Annie fala sobre suas inspirações para o vídeo (que depois virou livro), suas viagens pelo mundo e a enorme quantidade de e-mails que ela recebe de braisleiros. Fala também sobre os desperdícios gerados pelo nosso consumismo excessivo, educação ambiental, sustentabilidade e também sobre felicidade.

Muito interessante a entrevista. Vale a pena conferir.

“Annie Leonard: A revolução do consumo e da felicidade”

De onde vem o papel que você segura neste momento? O quão sustentável é a camiseta supostamente ecologicamente correta que acaba de comprar? A mulher que respondeu a essas e a centenas de outras perguntas sobre produção de bens de consumo se tornou uma celebridade. A ambientalista americana Annie Leonard ficou mundialmente famosa pelo vídeo “A história das coisas”, exibido milhões de vezes no YouTube. O curta ganhou uma versão em livro — o homônimo “A história das coisas” (Editora Zahar). Em ambos, Annie defende não só a sustentabilidade, mas a felicidade.

O Globo: Qual a sua inspiração para fazer o vídeo e escrever “A história das coisas”?
Annie Leonard: Quando era estudante universitária em Nova York, me impressionava muito com as monumentais pilhas de lixo depositadas nas ruas todos os dias. Um dia resolvi abrir os sacos para ver o que as pessoas jogavam fora. Fiquei chocada ao descobrir que havia muito material reutilizável, especialmente papel e metal. Então resolvi ir ao depósito de lixo da cidade. Havia montanhas de móveis, roupas, livros, comida. Isso despertou minha curiosidade sobre a função das coisas em nossas vidas. De onde elas vem, para onde vão e como administrar melhor sua produção e uso. Depois de formada, trabalhei para ONGs ambientais e viajei pelo mundo.Vi os impactos ambiental, social e de saúde ocultos das coisas que usamos e jogamos fora. Fiquei frustrada que o custo real de todos os bens que consumimos não é explicitado nas propagandas que nos encorajam a comprar coisas para nos assegurar felicidade, sucesso e segurança. Eu queria promover uma discussão mais honesta sobre padrões de produção e consumo.

O Globo: Como surgiu a ideia do filme e do livro?
Annie: Comecei fazendo um cartoon para descrever os sistemas de ação e consumo. E deu certo! Depois criamos um vídeo de 20 minutos e o postamos em dezembro de 2007. Para minha surpresa, foi um sucesso. Já foi exibido mais de 15 milhões de vezes, acessado em praticamente todos os países do mundo. O livro “A história das coisas” foi continuação desse trabalho.

O Globo: Você viajou por mais 40 países para pesquisar como as coisas são produzidas e descartadas. O que descobriu? O que viu de mais significativo?
Annie: A lição mais importante que aprendi é que há muitos meios de criar um mundo melhor. Soluções economicamente viáveis já existem, energia renovável à produção limpa e resíduos zero. Precisamos fazer uma nova revolução industrial que transforme nossos sistemas de produção e consumo drasticamente, reduza o gasto de energia e água, elimine substâncias tóxicas, tornem os produtos mais duráveis. Precisamos investir mais em ação, saúde e meio ambiente, e não no acúmulo de coisas. Há muitos problemas ambientais para resolver, do caos climático ao colapso dos recursos pesqueiros. Seria fácil ficar deprimido se não tivéssemos tantas boas alternativas já disponíveis. Felizmente, podemos começar a construir um futuro $agora. Em cada país que visito vejo pessoas — de professores a pais, empresários e até mesmo políticos — que trabalham para um futuro melhor. Isso me dá uma grande esperança.

O Globo: Você já esteve no Brasil?
Annie: Ainda não, mas espero conhecer o Brasil. É um dos países onde mais gente assistiu ao meu filme. Recebemos milhares de e-mails de brasileiros, de pessoas que concordam com a mensagem de “A história das coisas” e trabalham para um ambiente mais saudável, sustentável e justo.


O Globo: Como podemos tornar nossa vida mais sustentável e feliz?
Annie: Pensando por nós mesmos. Estabelecendo nossa própria medição de satisfação. Não deixando comerciais instilarem um senso de inadequação que nos faça achar necessárias coisas das quais realmente não precisamos. Conhecendo melhor nossos valores e visão de uma vida feliz, e os pondo em prática.

O Globo: Como mudanças pessoais podem fazer diferença?
Annie: Escolhas responsáveis, como consumir o necessário, cuidar do lixo e usar menos carro, nos fazem não só nos sentirmos melhor quanto inspiram outras pessoas a fazer o mesmo, a levar uma vida ambientalmente responsável. É claro, o impacto ambiental das indústrias é maior, mas nosso grande potencial de mudança é a chance de pressionar por novos padrões de produção e consumo. É preciso mudar a mentalidade das pessoas sobre o lixo e o desperdício, fazê-las associar isso a sua vida pessoal.

O Globo: Qual a melhor forma de educar as pessoas sobre meio ambiente?
Annie: Nossa economia, nossa saúde, nossas vidas dependem de termos um ambiente saudável, mas a educação ambiental por muitos anos tem sido segregada como uma área de estudo opcional. Precisamos mudar isso. A consciência de nosso papel no meio ambiente deve permear todas as áreas de educação, inclusive as profissionais, como medicina ou negócios. Afinal, não existirão negócios, hospitais e produtos num planeta morto.

O Globo: Como podemos conciliar nossa necessidade de coisas como computadores, geladeiras etc. com o impacto ambiental que causam?
Annie: Eu não estou dizendo que devemos nos desapegar de tudo. O que eu digo é que os bens de consumo precisam ser saudáveis e seguros para o planeta, para quem os produz e para nós mesmos. Por exemplo, hoje os telefones celulares têm metais tóxicos. E também não duram nada. Somos estimulados a comprar sempre modelos novos, em campanhas publicitárias milionárias, que estigmatizam os aparelhos mais antigos. O ideal é que os aparelhos durassem mais, pudessem ser atualizados e utilizassem tecnologias que facilitassem a reciclagem. Hoje, nos EUA, o tempo de vida útil médio de um celular é de apenas um ano. Se considerarmos a quantidade de energia e os materiais necessários para produzir um celular, uma vida útil tão curta é uma verdadeira tragédia. Eu não sou contra ter coisas. Eu apenas defendo um consumo mais responsável. Defendo que as coisas sejam mais duráveis e possam ser recicladas.

O Globo: O que você faz para reduzir seu consumo, reutilizar produtos e proteger os recursos naturais?
Annie: Eu compro menos coisas novas. Em parte porque eu levo muito a sério a responsabilidade ecológica e também porque eu não quero a minha casa entulhada de coisas. Há aparelhos, como impressoras, por exemplo, que podem ser compartilhados com amigos. Poderíamos compartilhar mais certos aparelhos e mesmo carros. DVDs, livros, tudo isso pode ser compartilhado e trocado entre amigos.

O Globo: A publicidade tem um grande impacto em nossa vida. Como podemos lidar melhor com isso?
Annie: Eu tenho recebido muitos e-mails do Brasil que expressam exatamente preocupação com isso. Muitos anúncios fomentam uma sensação de ansiedade ou inadequação se você não tem um determinado produto. Todos os dias ouvimos que nosso cabelo e nosso corpo poderiam melhorar com esse ou aquele produto; que não temos um bom carro ou celular. Temos mais coisas do que qualquer geração antes da nossa e nem por isso somos mais felizes. Na verdade, somos mais infelizes do que as gerações que nos antecederam. Por isso, é prioritário limitar a publicidade para crianças, só estimula uma sensação permanente de insatisfação. Também deveria haver leis mais rígidas em relação à honestidade da informação que é veiculada. Precisamos encorajar o pensamento crítico sobre a publicidade. Ter coisas demais não aumenta nossa qualidade de vida.


O Globo: Como podemos passar de uma cultura acostumada a jogar coisas fora a outra de lixo zero, que valorize produtos não-tóxicos?
Annie: Não existe uma receita mágica. A solução está em várias frentes simultâneas. Numa delas podemos recompensar cidades e indústrias que reduzam o lixo e implementem taxas para grandes poluidores. Na frente tecnológica é importante desenvolver produtos com menos uso de materiais, que sejam mais duráveis e facilitem a reciclagem. Na frente cultural, estimular valores que não sejam baseados no consumo excessivo, investir em centros comunitários que compartilhem cultura. Na frente econômica, é preciso parar de favorecer indústrias poluidoras e incentivar a sustentabilidade. Há muitas estratégias e desafios. Mas muitos problemas ecológicos não são realmente difíceis de resolver. Já existem boas tecnologias e informação para fazer as coisas mudarem. A falta de ação é indesculpável.

O Globo: O materialismo realmente nos faz infelizes?
Annie: A despeito de todas as que pregam que consumir mais coisas nos torna mais felizes, um crescente número de pesquisas tem mostrado o contrário. Uma orientação de vida altamente materialista só aumenta a insegurança e a ansiedade. Eu não estou dizendo que comprar um produto novo nunca nos faz felizes. Mas à medida que consumimos mais, a satisfação vai diminuindo. Nosso primeiro ou segundo casaco certamente tiveram um impacto maior do que o 12 ou 13. Além disso, também nos preocupamos com os gastos. Obviamente, todas essas considerações só valem para quem pode consumir. Claro que pessoas que lutam para comprar comida a cada dia ficam muito felizes quando podem comprar alguma coisa. Mas quando falo de consumismo, estou me referindo a quem já tem o suficiente.

O Globo: Nossa sociedade está mesmo passando por um momento de mudança de paradigma? Como a economia global pode se adaptar?
Annie: Há ainda milhões e milhões de pessoas no mundo que vivem na pobreza, que vão dormir com fome e que precisam de bens materiais básicos de saúde e educação. Para essas pessoas, é importante, essencial. Mas também há milhões de pessoas que têm mais do que realmente precisam. Essas pessoas associam status, felicidade e segurança à quantidade de bens que possuem. Felizmente, eu percebo que muita gente começa a pensar de forma diferente.
Muitas pessoas começam a se sentir sufocadas no meio de um oceano de coisas. Nossas casas estão cheias. Nossas garagens estão lotadas. Passamos nosso tempo livre comprando, arrumando as muitas coisas que compramos. Temos mais coisas, porém, menos amigos do que as gerações anteriores. Estamos nos tornando socialmente isolados e solitários.
Por isso, muita gente começa a perceber que as coisas mais importantes na nossa vida não são coisas materiais. Temos um excesso de coisas e um déficit do que realmente importa: tempo para lazer, para vida em comunidade, senso de significado em nossas vidas. Pessoas de todos os países ricos do mundo começam a reconsiderar suas prioridades, aprender a como viver melhor com menos, e a construir redes de compartilhamento de coisas.
Você facilita o acesso a uma série de produtos que precisa apenas por parte do tempo, como cortadores de grama, copiadoras, e não precisa mais ser consumido pelo excesso. Já vemos mudanças na economia em busca de um novo modelo. Negócios baseados em aluguel de carros, DVDs e mesmo vestidos caros começam a florescer em toda parte. Para esse tipo de negócio, que são uma forma de inovação, há muitas oportunidades. E é um caminho de sucesso que não está baseado na destruição dos recursos do planeta.
Eu sei que existe um longo caminho para uma economia global sustentável. Há desafios. Mas esses desafios não são nada se comparados com o desastre que nos espera se tentarmos continuar com o modelo atual indefinidamente. A questão não é se a economia irá se adaptar. Mas como ela fará isso. Simplesmente não podemos manter para sempre nosso ritmo de consumo atual. Vamos mudar por vontade própria e estratégia ou devido a um desastre. Eu prefiro que mudemos por estratégia e acho que já começamos!

sábado, 3 de setembro de 2016

03 DE SETEMBRO — DIA DO BIÓLOGO

Lagoa Azul  localizada no Rio Matias Almada em Foz do Iguaçu
O biólogo é um profissional que atua nos diversos campos da Biologia, ou seja, em todas as áreas que envolvem o estudo da vida. A profissão tornou-se legal após a lei nº 6.684, em 03 de setembro de 1979, ter sido sancionada. Essa lei também criou o Conselho Federal de Biologia e os Conselhos Regionais. O Dia do Biólogo foi instituído exatamente na mesma data de criação dessa lei.
A área de atuação do biólogo é bastante ampla e divide-se em três campos principais: Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde, Biotecnologia e Produção.Dentro dessas áreas, os biólogos podem trabalhar, por exemplo, com bioética, bioinformática, controle de pragas, gestão de coleções biológicas, ecoturismo, educação ambiental, gestão de recursos hídricos, mudanças climáticas, perícia forense, saneamento ambiental, aconselhamento genético, análises citogenéticas, análises clínicas, testes em animais, reprodução humana assistida, terapia gênica, desenvolvimento de organismos geneticamente modificados, entre vários outros campos.
Ser biólogo é, portanto, muito mais que trabalhar com animais e plantas. Esse profissional estuda todos os aspectos relacionados com a vida, podendo atuar em laboratórios, zoológicos, parques florestais, áreas de preservação, áreas mais burocráticas, entre muitas outras. Vale destacar, no entanto, que, independentemente da área escolhida, o biólogo deve respeitar a vida em todos os seus níveis.
Para atuar como biólogo, é necessário realizar Curso Superior e cadastrar-se no Conselho de sua região. Os cursos que possibilitam o registro como biólogo são: bacharelado ou licenciatura em História Natural ou Ciências Biológicas e Licenciaturas com habilitação em Biologia.
Símbolos do biólogo
O símbolo do biólogo, que foi publicado pela resolução CFBio, nº 187/2009, e registrado no INPI, em 07 de maio de 2009, mostra diversos pontos que envolvem a rotina desse profissional. Nesse símbolo, podemos observar quatro elementos básicos: o DNA, o espermatozoide, as folhas e a espiral.

DNA representado no símbolo relaciona-se com a vida, uma vez que essa é a molécula que possui as informações necessárias para determinar as características dos seres vivos. O espermatozoide, que está fecundando umóvulo, indica o surgimento de uma nova vida. As folhas, por sua vez, representam os organismos fotossintetizantes que são essenciais para a nossa sobrevivência, além de retratarem a importância da natureza. Por fim, temos a espiral, que faz relação com a evolução e o progresso.
A cor do biólogo é azul e a pedra é a água-marinha em qualquer uma de suas tonalidades.
Juramento do biólogo
Juro, pela minha fé e pela minha honra e de acordo com os princípios éticos do biólogo, exercer as minhas atividades profissionais com honestidade, em defesa da vida, estimulando o desenvolvimento científico, tecnológico e humanístico com justiça e paz”.

Por Ma. Vanessa dos Santos
Nota: Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "03 de setembro — Dia do Biólogo"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-biologo.htm>. Acesso em 03 de setembro de 2016.
Publicado o
riginariamente: http://brasilescola.uol.com.br/

quinta-feira, 14 de julho de 2016

14 de julho - Dia Universal da Liberdade de Pensamento - Vamos Exercitar



Como o blog é um meio de propagação da liberdade de pensamento achei apropriado relembrarmos o dia que comemoramos esse nosso direito e no exercício dele, colocar alguns aspectos sobre o que a ideologia tem haver com o tema ambiental.

“Todo homem tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou cresça e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.

“Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. (Declaração Universal dos Direitos Humanos)


A data de 14 de julho foi escolhida como uma homenagem à Queda da Bastilha, que marcou o início da Revolução Francesa, em 1789. A Bastilha era uma prisão para políticos, nobres, letrados e para todos aqueles que se opunham ao governo ou à religião oficial.
A revolução francesa foi também o marco da criação das expressões políticas de esquerda e direita.
 

Os termos "esquerda" e "direita" apareceram inicialmente durante a Revolução Francesa, quando os membros da Assembléia Nacional se dividiam em partidários do rei à direita do presidente da assembléia  e simpatizantes da revolução à sua esquerda.

A direita é, portanto, o lugar dos ricos e demais detentores do poder,  todos aqueles que não querem perder privilégios nem fazer concessões de direitos. A esquerda é o lugar dos libertários, intelectuais, pobres e de todos aqueles que querem mudar a ordem social para ampliar e universalizar direitos, de onde vêm os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que pautaram a Revolução.

Essa nova forma de pensar que marcou a Revolução Francesa desencadeou processos vastos pelo mundo afora de produção de conhecimento. Na política, novos ideais foram responsáveis pela criação de instituições que tinham como base o pensamento mais racional.

Esquerda volver

Mas, o que seria “ser de esquerda” nestes tempos de assombros em que muitos estudiosos internacionais já falam em um apocalipse, se não como contado na Bíblia, mas causado, paradoxalmente, pelo grau de desenvolvimento da humanidade?

Segundo Michael Löwy, o ecossocialismo tem como objetivo fornecer uma alternativa de civilização radical àquilo que Marx chamava de “o progresso destrutivo” do capitalismo. Para isso, trata-se de buscar a construção de uma sociedade fundada numa nova racionalidade, no controle democrático sobre os recursos naturais, na igualdade social e na supremacia do valor de uso sobre o valor de troca.

Verde é a cor da nossa bandeira.

O planeta Terra é a nossa moradia. Mas as pessoas o tratam como se não fosse. Nosso planeta arde, literalmente, pela força de um capitalismo idiota que, ao mesmo tempo em que produz trilhões, caminha para a destruição em massa desse nosso lar extraordinário que a Terra.

Se é um dever para qualquer cidadão no mundo defender nossos oceanos, mares, rios, florestas, campos, savanas, a vida selvagem, nossos pólos gelados e o conjunto de todos os ecossistemas do planeta, para uma pessoa de esquerda deve ser um dogma de vida.
Uma das pestes modernas deste mundo é o consumismo desenfreado. Consome-se tudo o que nos oferecem, mesmo que alguns dos produtos que levamos para casa jamais usaremos ou usaremos muito pouco.
Ser de esquerda é também, por tanto, consumir somente o necessário para se viver decentemente.






quarta-feira, 13 de julho de 2016

UFMT - EDITAL COMPLEMENTAR DE INSCRIÇÃO PARA O CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM “EDUCAÇÃO AMBIENTAL CAMPENSINA”

A Coordenação do Curso de Especialização em Educação Ambiental Campesina, no uso de suas atribuições legais, torna público o presente Edital, visando à seleção de candidatos para 10 (dez) vagas complementares.

1.                 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
       INÍCIO 02/02/2016  (O curso foi aprovado pela Resolução CONSEPE Nº44, de 29 de abril de 2013).
       TÉRMINO 15/05/2018.
O curso finaliza suas atividades com a apresentação dos trabalhos de conclusão de curso (artigo 9, inciso VIII da resolução CONSEPE 75/2005)
 CARGA HORÁRIA: 360h (trezentos e sessenta horas).
PERIODICIDADE: Os Círculos de Cultura, com 90h cada, serão oferecidos duas vezes ao ano (15 e/ou 20 dias corridos por Círculos de Cultura - módulos/eixos) em regime integral neste período. Sendo que, a metodologia da Pedagogia da Alternância é fundamental para a realização das atividades pedagógicas da especialização. Previsão para os círculos de cultura: julho/2016; novembro/2016; janeiro/fevereiro/2017; julho/2017 e janeiro/fevereiro/2018.
 NÚMERO DE VAGAS DESTE EDITAL: 10 vagas complementares.
  
      2.    Critérios de Seleção e Pré-Requisitos para ingresso no Curso
a) Ser graduado;
b) Ser vinculado a um assentamento de reforma agrária, oficializado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, conforme orientações do Manual de Operações do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA de 2014, no Capítulo 01 - item 1.5 (Beneficiários do PRONERA);
c) Atuar prioritariamente em atividades ligadas à educação nos assentamentos rurais; ou atuar
na coordenação pedagógica de escolas do campo ou em cursos formais/centros de formação nas áreas de Reforma Agrária;
d) Ter disponibilidade para a realização do curso em todas as suas etapas;
e) Apresentar uma carta de intenção de ingresso no curso com base nos artigos do Anexo II.

      3.     INSCRIÇÃO
As inscrições deverão ser efetuadas somente via e-mail eacampesina@gmail.com. Enviar escaneado a FICHA DE INSCRIÇÃO (ANEXO I) e a Carta de Intenção. Posteriormente, os originais destes documentos deveão ser enviado por CORREIO (CARTA REGISTRADA OU SEDEX) ou entregues pessoalmente nesse endereço: Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (sala 66), Curso de Especialização em Educação Ambiental Campesina. Endereço: Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2.367, Campus UFMT Cuiabá, Bairro: Boa Esperança, Cuiabá/MT, CEP: 78060-900. As inscrições para este edital complementar deverão ser enviadas por e-mail no período de: 12 a 18 de julho de 2016.
  
       4.      PÚBLICO BENEFICIADO:
Profissionais de nível superior (graduados), pertencente ao público beneficiário do PRONERA (conforme determina o Manual de Operações do PRONERA de 2014 no Capítulo 01, item 1.5 Beneficiários do PRONERA),  ser vinculado a um assentamento de reforma agrária oficializado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; e/ou atuar prioritariamente em atividades ligadas à educação nos assentamentos rurais; e/ou atuar na coordenação pedagógica de escolas do campo ou em cursos formais/centros de formação nas áreas de Reforma Agrária;
  
5.    PROCESSO SELETIVO
A seleção será efetuada através da proposta enviada no ato da inscrição onde o candidato deverá apresentar uma carta de intenção de ingresso no curso conforme letra e do item 02 (deste edital) com a seguinte formatação: quantidade de páginas: mínimo 2 e máximo 5, fonte arial, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5Bibliografia básica para a seleção (disponível no Anexo II)

5.1 A seleção complementar ocorrerá de acordo com o seguinte Calendário:
Período de Inscrições por e-mail - 12 a 18 de julho de 2016
Divulgação do Resultado - 19 de julho de 2016
Período de Recurso - 19 e 20 de julho de 2016
Resultado Final - 21 de julho de 2016

5.1         RECURSOS
O não cumprimento das normas estipulados neste Edital implicará na exclusão do candidato na seleção.
Caberá recurso em relação à seleção no prazo estipulado de 17 e 18/12/2015 (O pedido deverá ser justificado, expondo de forma clara e objetiva e indicar com precisão o ponto sobre o qual versa o recurso).
A solicitação deverá ser dirigida a Coordenação do Curso em questão, por meio de correio eletrônico para eacampesina@gmail.com

6.   MATRICULA

Os candidatos aprovados deverão efetivar sua matrícula no começo do Primeiro Círculo de Cultura, com a seguinte documentação:
       Ficha de inscrição assinada (modelo no Anexo I)
       Copia da certidão de nascimento ou casamento
       Copia do título de reservista para os homens
       Copia do título eleitoral com o comprovante da ultima eleição ou declaração de quitação com a Justiça Eleitoral
       Cópia do diploma de graduação ou declaração de conclusão do curso de graduação autenticado;
       Cópia do histórico escolar de graduação;
       Cópia da identidade autenticada;
       Cópia do CPF;
       Declaração de beneficiário da reforma agrária ou cópia autenticada;
  
7.               OUTRAS INFORMAÇÕES:
Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (sala 66), Curso de especialização em Educação Ambiental Campesina. Endereço: Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2.367, Campus UFMT, Bairro: Boa Esperança,Cuiabá/MT, CEP: 78060-900. Email: eacampesina@gmail.com

Os casos omissos e as situações não previstas nesta chamada serão resolvidos pela Coordenação do Curso de Especialização Educação Ambiental Campesina - CEEAC
 Cuiabá, 12 de julho de 2016.

Profª Dra. Regina Aparecida da Silva
Coordenação do Curso de Especialização Educação Ambiental Campesina



Fonte: http://gpeaufmt.blogspot.com.br

terça-feira, 12 de julho de 2016

ABATE DA MÃE DE TOURO QUE MATOU TOUREIRO NA ESPANHA GERA REVOLTA

O toureiro Victor Barrio foi morto no sábado durante uma tourada na Espanha (Foto: Castilla La Mancha TV via AP)
Como manda a tradição das touradas da Espanha, quando um touro mata o toureiro na arena a mãe dele é abatida para “matar aquela linhagem”. O fato, noticiado pelo “El Pais” causou revolta nas redes sociais, mas o jornal de Teruel, “ABC”, informou que a vaca já havia sido sacrificada alguns dias antes do incidente por conta da idade avançada.
A prática de sacrificar os touros causou a fúria dos defensores de animais, que alegam que a vaca não deveria pagar pela morte do toureiro. Victor Barrio, de 29 anos, morreu na tarde do último sábado em Teruel, quando foi atingido no peito. A morte dele foi transmitida ao vivo na TV Espanhola, e as imagens são chocantes. A vaca, mãe do touro Lorenzo, se chamava Lorenza. No Twitter, defensores dos animais começaram a usar a #salvemaLorenza para que o animal não fosse sacrificado, mas a vaca já morreu.

Vitor Barrio foi enterrado sob aplausos e grito de "toureiro, toureiro"

Ainda segundo o jornal "ABC", Barrio foi enterrado com aplausos neste domingo com gritos de "toureiro, toureiro". Sua quadrilha, a equipe de assistentes do toureiro, carregou o caixão com o corpo do jovem. Ele oi enterrado na cidade de Sepulveda, província de Segóvia. O município decretou dois dias de luto oficial.
Victor Barrio era considerado uma promessa das touradas do país. Quando começou a atuar, em 2008, os amigos debocharam dele. Ao longo do tempo ele foi conquistando títulos e uma legião de fãs, especialmente as crianças.
Ele estava se preparando para Teruel e, no último dia 4 de julho, Barrio postou uma foto de seu treinamento fazendo referência ao evento. “Com a cabeça em Teruel”, escreveu ao lado de uma imagem com um touro e hashtags do festival e das emissoras de TV espanholas.

Segundo o jornal "El pais", embora as mortes em corridas de touro da Espanha sejam relativamente comuns, em todo o mundo a última morte de um toureiro profissional foi em 1987 quando José Eslava Caceres teve os pulmões perfurados. No século passado, dos 134 toureiros profissionais, 33 morreram por conta de ferimentos causados nas arenas.
Publicado originalmente no site: www.olharanimal.org

domingo, 10 de julho de 2016

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ROMPENDO PAREDES

Qual o espaço adequado para se disseminar a Educação Ambiental?

De bate pronto a maioria tende a responder que é nas escolas e faculdades, mas a verdade é que não é somente entre essas paredes que isso pode e deve ser feito. Aliás, os melhores exemplos estão justamente rompendo esse antigo costume.

Não que escolas e espaços universitários não sejam espaços que precisam ser trabalhados, aliás, precisam e muito, mas fora dessas paredes existe um mundo, e é esse MUNDO que a EA precisa conquistar cada vez mais.

Um bom exemplo de rompimento de velhos hábitos pude observar nesse domingo 10/07, quando tive a grata surpresa de assistir uma apresentação de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso da Pós Graduação em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis da UNILA - Universidade Latino Americana.

O lugar, que habitualmente não recebia, esse tipo de atividade se demonstrou ser perfeito.


Sentados no chão orientadores, orientadas, público convidado e os transeuntes, que, como eu, estavam na habitual feirinha da JK de domingo e se interessaram pela temática e por ali ficaram.



Todos vestidos adequadamente para a ocasião: camisetas, shorts, saias, chinelos de dedo ou com os pés descasos, lá estávamos.  



O Tema? "FLORES DA FRONTEIRA: ESTRATÉGIA DE CONSTRUÇÃO COLETIVA E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS PARA A QUALIDADE DE VIDA"

Segundo o Facebook do Coletivo Flores da Fronteira  https://www.facebook.com/floresdafronteira/ A proposta de apresentação na feira tem o intuito de quebrar as barreiras da universidade, oferecendo a oportunidade para todos terem acesso a pesquisa, e mais, reunir saberes, criando um ambiente de trocas e convivência neste espaço público.”
Segundo a minha avaliação, as autoras Alana Carla Hauptt Centine Borges e Caudiara Ribeiro merecem nota 10, pois souberam como poucos se contextualizar no processo, desde a escolha do objeto de estudo até o local e formato da sua apresentação.

A aula de hoje é extraída do Resumo desse TCC :

“O padrão de sociedade atual entende evolução como dominação e exploração da natureza. O resultado disso é uma crise de percepção e degradação ambiental. Criar estratégias que contribuam para a construção de uma sociedade sustentável é emergencial. O caminho para esta sociedade esta sustentável é emergencial. A educação ambiental possui extrema relevância nesse processo. O caminho para essa sociedade está no despertar de seus sujeitos para o sentimento do pertencimento a esta sociedade, de fora que ele se sinta ativo e representado diante da tomada de decisões. Os coletivos existentes hoje podem ser compreendidos como estratégia significativa nesse processo de construção. A disseminação de espaços públicos de expressão popular, de debates político-sociais a de prática sustentáveis estão ganhando cada vez mais intensidade no sentido de ação contra-hegemônica. O coletivo Flores da Fronteira, de Foz do Iguaçu Paraná, presente neste estudo, podem Ser entendido como um experimento em um período de transição para um modelo de sociedade sustentável. Para compreender as estratégias e motivações e contribuir para o aprimoramento do coletivo foi desenvolvida pesquisa qualitativa de base etnográfica. O coletivo hoje foi tomando consciência de relevância de sua existência na tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina), como exemplo de boa pratica e demonstração de inconformismo perante o modelo atual de sociedade”


                           Concepções pedagógicas contra-hegemônicas

O texto do TCC traz ainda, em seu escopo, a necessidade de quebra de paradigmas nos atuais sistemas produtivos:   "De acordo com a Declaração Final da Cúpula dos Povos, as alternativas estariam nos projetos com características contra-hegemônicas, como por exemplo, na gestão participativa, economia cooperativa e solidária, novo modelo de distribuição, de consumo e produção e mudanças de matriz energética (2012)."


 Conheça o “Coletivo Flores da Fronteira” ou “Coletivo Florescência”

Segundo a descrição da fanpage do grupo: "O coletivo surgiu da vontade de somar lindos trabalhos artesanais da cidade, enquanto procurávamos um novo cenário para nossa arte. Nos reunimos, então, em uma roda de conversa e tcharãããm! Nos juntamos, brotamos, florescemos e cá estamos.”

O grupo faz uma séria de atividades que envolvem o emponderamento do coletivo da consciência cultural e socioambiental, o próximo é a segunda edição do mais florido e divertido bazar da fronteira.

Veja o que diz a agenda criada no Facebook:

Dia 16/07 é dia de muita arte, música, pescaria, quentão, comidas típicas vegetarianas e veganas...  Só amor! Vem se aquecer com a gente em volta da fogueira, vem...

 Tem artesanato em Foz do Iguaçu? Tem sim, sinhô! 

O
 Coletivo Florescência, organizado por artesãos alternativos e independentes da fronteira, volta em sua 2ª edição com clima julino, calor da fogueira e cheiro de quentão! 

No dia 16 de julho, a partir das 14h, nossos artesãos estarão reunidos no
 Espaço Cultural Energia com suas artes em tecido, papel, vidro e todo outro tipo de material, além de comidinhas típicas vegetarianas e veganas e muuuuito quentão, de vinho e de hibisco, para aquecer todo mundo.
Vem pr'esse arraiá do amor, dançar quadrilha, se esquentar na fogueira, brincar de pescaria, conhecer os pequenos artesões que florescem por aqui e provar dos nossos quitutes gostosos e saudáveis, vem!

 Entrada colaborativa: R$2 ou um agasalho ❤

Quem vai colorir esse arraiá?
7temperos - Culinária Árabe
Alice Maneschy, com exposição "Espaço-nada"
~ Arte da Lú (Luciana Lourenço)
~ Brechó das Manas (Acervo Tati Bafo - Brechó / Acervo Joy Hick- Brechó)
Coelho Jujuba
DaMata
Daniela Valiente
Do 705
~ Elemental (Alana Carla)
~ Espírito Livre (Luciana de Melo e Juampi Lauria)
~ Florir ~ Arte e Yoga (Mayara Brecher)
Lendárius de Pano.
Mistress Acid
Oficina Tubaína
Panelinha Saudável

E as brincadeiras julinas?
~ Argolas com vários brindes

~ Coelho elegante, com o Juliano Brusnicki do Coelho Jujuba

Quem vai embalar essa festança?
~ DJ Alice Maneschy, com muito forró e arrastá-pé junino

Muito mais ainda está por vir!

Para mais infos: fb.com/coletivoflorescência
"Tudo o que é feito com amor, floresce."