quarta-feira, 21 de março de 2012

Cúpula dos Povos na Rio + 20

Assunto: O QUE É A CÚPULA DOS POVOS PARA A RIO+20 ?
A Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental é um evento organizado pela sociedade civil global que acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro – paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), a Rio+20.


Por quê?


A Rio+20 oficial marca os vinte anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92 ou Eco 92). Nestas duas décadas, a falta de ações para superar a injustiça social ambiental tem frustrado expectativas e desacreditado a ONU.
A pauta prevista para a Rio+20 oficial – a chamada “economia verde” e a institucionalidade global – é considerada por nós como insatisfatória para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas. Para enfrentar os desafios dessa crise sistêmica, a Cúpula dos Povos não será apenas um grande evento. Ela faz parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais, que tem como marco político a luta anticapitalista, classista, antirracista, antipatriarcal e anti-homofóbica.
Queremos, assim, transformar o momento da Rio+20 numa oportunidade para tratar dos graves problemas enfrentados pela humanidade e demonstrar a força política dos povos organizados. “VENHA REIVENTAR O MUNDO” é o nosso chamado e o nosso convite à participação para as organizações e movimentos sociais do Brasil e do mundo.
A convocatória global para a Cúpula foi realizada durante o Fórum Social Temático (www.fstematico2012.org.br), em 28 de janeiro, em Porto Alegre (RS). O Fórum deste ano foi, aliás, preparatório para a Cúpula.

Como?

O Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 (CFSC) está preparando o desenho da Cúpula dos Povos e do território que ocuparemos no Aterro do Flamengo. O espaço será organizado em grupos de discussão autogestionados, na Assembleia Permanente dos Povos e num espaço para organizações e movimentos sociais exporem, praticarem e dialogarem com a sociedade sobre suas experiências e projetos.
As ações da Cúpula estarão todas interligadas. A ideia é que a Assembleia Permanente dos Povos – o principal fórum político da Cúpula, se organize em torno de três eixos e debata as causas estruturais da atual crise civilizatória, sem fragmentá-la em crises específicas – energética, financeira, ambiental, alimentar. Com isso, esperamos afirmar paradigmas novos e alternativos construídos pelos povos e apontar a agenda política para o próximo período.

Quando?


Os dois primeiros dias da Cúpula (15 e 16 de junho) serão pautados por atividades organizadas pelos movimentos sociais locais, que estão em luta permanente de resistência aos impactos das grandes obras. Desde esse momento, já estará montado um espaço de livre acesso, onde organizações e movimentos da sociedade civil global exibirão experiências e projetos que evidenciam como é possível viver em sociedade de forma fraterna e sustentável, ao contrário do paradigma hoje vigente. Por isso, o território da Cúpula dos Povos será organizado de forma livre da presença corporativa e com base na economia solidária, agroecologia, em culturas digitais, ações de comunidades indígenas e quilombolas.
Esse encontro da cidadania, que também contará com atrações culturais, ficará aberto até o fim da Cúpula, no dia 23.
No dia 17, domingo, a organização da Cúpula prepara uma passeata para marcar o evento.
A partir do dia 18, começarão as discussões autogestionadas e a Assembleia Permanente dos Povos. O 20 de junho será o Dia da Mobilização Internacional, com manifestações que enviem uma mensagem clara e incisiva para a Rio+20 oficial. Quem organiza O grupo responsável pela organização da Cúpula dos Povos é o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 (CFSC). O CFSC é um grupo plural, formado por organizações, coletivos e redes da sociedade civil brasileira. Seu objetivo é articular e facilitar a participação da sociedade civil no processo iniciado pela Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável .
Criado formalmente em janeiro de 2011 durante o Fórum Social Mundial de Dakar (Senegal), o Comitê foi resultado de discussões realizadas ao longo de 2010 sobre a ideia de um evento paralelo à Rio+20 organizado pela sociedade civil: a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental.

Entidades do GA - GRUPO ARTICULADOR

Como o objetivo é reunir e articular organizações e redes civis do mundo inteiro, uma reunião internacional do Comitê foi realizada em junho de 2011, no Rio de Janeiro. Representantes de mais de 30 países compareceram ao encontro, que deu origem a uma segunda reunião realizada em outubro do mesmo ano, em Porto Alegre. Nela, ampliaram-se os laços e as redes participantes desse percurso rumo à Cúpula dos Povos.

O Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 tem assento na Comissão Nacional para a Rio+20 e também é considerado pela Rio+20 como grupo de articulação local (“host country liaison group“). O Comitê agrega uma grande diversidade de organizações da sociedade civil brasileira, atuantes nas mais diversas áreas – como direitos humanos, desenvolvimento, trabalho, meio-ambiente e sustentabilidade. Ele é coordenado pelo Grupo de Articulação (GA), composto por:


* Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong);
* Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB);
* Articulação do Semi-Árido (ASA);
* Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
* Central Única dos Trabalhadores do Brasil (CUT);
* Fórum Ecumênico ACT Brasil;
* Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq);
* Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen);
* Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES);
* Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS);
* Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU);
* Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo do Fórum Social Mundial (Grap);
* Grupo de Trabalho Amazônico (GTA);
* Forum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (FNECDC);
* Jubileu Sul;
* Kari-Oca;
* Marcha Mundial de Mulheres;
* Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca);
* Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais (Rede Brasil);
* Rede Brasileira de Agendas 21 Locais ( REBAL);
* Rede Brasileira de Educação Ambiental (Rebea);
* Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip);
* Rede Cerrado * Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rejuma);
* Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA);
* Via Campesina (VC);

O material produzido pelo GA já está e estará disponível na REBAL http://rebal21.ning.com/?xg_source=msg_mes_network e nossa atuação será discutida na reunião da rede durante o VII FORUM BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL em SALVADOR, no dia 28 de março de 2102. Todos estão convidados a comparecer ao encontro e a construirem nossa participação na Cúpula dos Povos, em nossa página.

Grande abraço em todos

Moderadores Rebal

GT de Comunicação


Visite Rede Brasileira de Agendas 21 Locais em: http://rebal21.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

Texto reproduzido apartir do Blog Educação Ambiental Foz do Iguaçu-PR: Cúpula dos Povos na Rio + 20

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