quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SEU “LIXO”, MAIS SEU QUE NUNCA.



*Andre Alliana
No momento em que todos os países discutem temas relacionados a Sustentabilidade, a Lei número 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS foi promulgada no dia 2 de agosto de 2010.
Com um histórico de quase 20 anos de tramitação no Congresso Nacional, essa lei representa um marco na gestão ambiental no Brasil, e promoverá grandes mudanças no cenário dos resíduos.
No período em que fui titular do CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente,  participava de suas Câmaras Técnicas, uma delas, a CTSSAGR – Câmara Técnica de Saúde Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos, na qual  atuei como titular durante 4 anos, 2 dos quais como  presidente e como tal tinha por obrigação participar das reuniões que precederam a criação da lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos e é com esse conhecimento que repasso algumas informações a respeito.
A PNRS estabelece normas gerais, dando ao País diretrizes que dizem respeito à gestão dos resíduos. Entretanto, para que seja implementada, serão necessárias ações conjuntas entre o poder público, o setor empresarial e a sociedade, fazendo-se necessário inclusive que os estados e municípios, criem novos planos de ação ajustados à nova política, dentro das suas peculiaridades e realidades, proporcionando às respectivas populações um modelo eficiente de gerenciamento de resíduos, que priorize a não-geração de resíduos, a reciclagem e a destinação adequada dos resíduos.
Entre os fatos mais marcantes dessa nova lei é a responsabilidade compartilhada. As responsabilidades das empresas se tornaram objetivas, determinando-se que as mesmas desenvolvam sistemas de coleta, tratamento e destinação adequada dos resíduos gerados a partir das suas atividades.
As que não se adequarem estarão sujeitas a multas e até mesmo a paralisação das suas atividades.
                De 2010 até agora, as empresas tem recebido somente notificações de regularização. A partir de 2012, porém, haverá mais rigor na fiscalização.
Dentre as diversas obrigações, está a de implantar a Coleta Seletiva no âmbito de cada empreendimento. Para isso deve-se elaborar previamente o PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, seja ele hotel, condomínio, clube, etc. Ele é que determinará como a empresa deverá tratar os seus resíduos para estar em conformidade com a nova lei.
Segundo a lei, quando os resíduos gerados ultrapassam 50 kg, as empresas têm que contratar uma empresa de coleta para retirar o lixo ou, no mínimo pagar, pela execução do serviço pelo município.
Com a implantação da coleta seletiva haverá uma grande redução de volume, em torno de 60%. Isso significa redução de custos e ganhos ambientais, pois os resíduos recicláveis serão entregues a Cooperativa de Catadores e os perigosos à empresas especializadas no tratamento adequado.  
Outra grande mudança ocorrerá a partir de 2014, quando os resíduos orgânicos também não mais poderão ser enviados ao aterro sanitário, sobrando para envio ao aterro somente o rejeito ou o popularmente conhecido, lixo.
Um PGRS é à base da execução de um Programa de Gerenciamento de Resíduos, que surge exatamente para estabelecer uma metodologia a ser aplicada como norteadora em um local ou situação, contemplando, além da análise preliminar quantitativa e qualitativa, um estabelecimento adequado de procedimentos padrões e capacitação, além de planos de contingenciamento.
O PGRS segue uma metódica organização que começa com o levantamento dos dados quantitativos e qualitativos do empreendimento, assim como sua caracterização, planejamento e logística da coleta seletiva, treinamento e capacitação dos funcionários, palestras de educação ambiental para conscientização dos funcionários, criação de cartilhas educativas e adesivos informativos, divulgação interna e lançamento do programa monitoramento, manutenção e ajustes.
Esse trabalho acaba tendo um custo, que não é bem visto pela grande maioria dos empresários. Mas essa obrigação lhes é imputada, para que a destinação dos resíduos seja levada a sério.
Posteriormente, essa forma responsável de tratar o nosso resíduo, também será cobrada em cada residência, e com isso gradativamente trataremos de mudar a nossa forma de produção, consumo e conseqüente descarte, até que esse ciclo chegue a patamares próximos aos sustentáveis.

Você quer que seja abordado algum tema ambiental específico?
 Mande suas dúvidas ou sugestões para o e-mail: naturalmenteambiental@gmail.com

Andre Alliana,  é ex-membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA,  ex-presidente da CTSSAGR/ CONAMA – Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos do CONAMA e atualmente atua como Consultor, Gestor e Perito Ambiental.

PS. Artigo publicado também na pagina 12 do Jornal A Gazeta do Iguaçu de hoje.

Educação Ambiental Foz do Iguaçu-PR: Comemoração de 15 anos de parceria com Furnas Centrais Elétricas com lançamento do jogo “Trilha do Zoo”

Educação Ambiental Foz do Iguaçu-PR: Comemoração de 15 anos de parceria com Furnas Centrais Elétricas com lançamento do jogo “Trilha do Zoo”


A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Obras –SMAO, está comemorando 15 anos de parceria com a Eletrobrás Furnas do Brasil, onde neste anos todos a instituição vem colaborando com as atividades de educação ambiental desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. Ressaltamos que com esta valorosa parceria com a Eletrobrás Furnas do Brasil, que entre os anos de 1996 a 2000 atou em projetos de pesquisa e recuperação de rios e entre os anos de 2001 a 2011 disponibilizou transporte para alunos da rede pública municipal de ensino, todas as terças-feiras e quintas-feiras no período da manhã.Ao todo estimam-se que foram atendidos, cerca de 27.841 alunos.

Para ler amateria completa basta acessar o link no título.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Última década foi a mais quente desde 1850, diz agência vinculada à ONU

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Nos últimos 13 anos, o mundo viveu os dias mais quentes registrados em uma década e meia, segundo Organização Meteorológica Mundial (OMM), que é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), com base em dados colhidos desde 1997. De acordo com especialistas, o aumento das temperaturas no planeta foi causado pelo aquecimento global que ameaça ilhas, zonas costeiras, populações e colheitas.
"A nossa ciência é sólida e prova inequivocamente que o mundo está aquecendo e que esse aquecimento resulta das atividades humanas", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
"As concentrações de gases de efeito de estufa na atmosfera apresentam novos números e um aumento médio de 2 a 2,4 graus centígrados nas temperaturas globais."
Mas o ano de 2011 é considerado o décimo ano mais quente desde 1850 - data em que começaram a ser registadas medições científicas das temperaturas. Pela análise, o período 2002 a 2011 pode ser comparado ao de 2001 a 2010 como a década mais quente desde 1850.
O relatório foi apresentado durante a 17ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Durban, na África do Sul. De acordo com o documento, a temperatura média da última década (2002 a 2011) foi superior em 0,46 grau centígrado.
Os cientistas, no relatório, analisam ainda que fenômenos, como o La Niña e o El Niño, resultam do aquecimento global. Às vésperas da conferência em Durban, uma tempestade foi registrada na região causando seis mortes e vários feridos, destruindo casas e deixando desabrigados.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa   //   Edição: Lílian Beraldo


Texto Publicado origináriamente no site da Agencia Brasil de Comunicação: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-11-29/ultima-decada-foi-mais-quente-desde-1850-diz-agencia-vinculada-onu

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Apoio do MMA ao municipios

Uma boa sugestão para os municípios, não tenho conhecimento se o programa de coleta seletiva ainda esta ativo em Foz, mas mesmo que estivesse, duvido muito o Paulo se importar com este edital, mas não custa nada postar, vai que ele se interessa.


Edital de Chamada Pública SRHU/MMA n.º 001/2011
APOIO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL, CONSÓRCIOS PÚBLICOS E
MUNICÍPIOS PARA A ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS, EM
CONFORMIDADE COM A  LEI Nº 12.305 DE 02 DE AGOSTO DE 2010 E SEU
DECRETO REGULAMENTADOR Nº 7.404 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010.

http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/edital_pnrs_estadosmunicipios_182.pdf

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Estudantes universitários tem até 05/12 para concorrer ao Prêmio Instituto 3M

Atenção estudantes universitários:
O Instituto 3M de Inovação Social vai premiar o melhor projeto em tecnologias sociais voltadas para a promoção da saúde, da educação ou do meio ambiente.
Serão até 30 mil reais em apoio financeiro durante 1 ano para a implementação do projeto vencedor.
As inscrições vão até o dia 05 de dezembro.
Mais informações aqui: Prêmio Instituto 3M

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Governo assina pactos setoriais pela sustentabilidade

Governo assina pactos setoriais pela sustentabilidade


Divulgação
Foto Governo assina pactos setoriais pela sustentabilidade
No lançamento do Plano de Produção e Consumo Sustentáveis, Ministério assina acordos para reduzir uso de sacos plásticos e banir uso de substâncias que agridem a camada de ozônio
23/11/2011
O Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentável, lançado nesta quarta-feira (23/11), em Brasília, já começa a sair do papel. Dois pactos setoriais, com as associações brasileiras de Supermercados (Abras) e as indústrias Unilever, começam a dar contorno ao PPCS, que tem metas até 2014. O acordo entre esses setores e o governo é para reduzir o consumo de sacolas plásticas, orientar o consumidor a buscar sustentabilidade nas compras e banir o uso de substâncias que agridem a camada de ozônio pelas fábricas.
A Unilever assumiu voluntariamente o compromisso de substituir, até 2020, o HCFCs (Hidroclorofluorcarbonos) e HFCs (HidroFluorCarbonos) em seu parque de câmaras frias, atualmente com 100 mil equipamentos, por outras com baixo potencial de aquecimento global. A redução começa com 20% até o final de 2012 e segue com 35% até 2014; 50% até 2016; 65% até 2018 e 80% até 2020.
As associações brasileiras de Supermercados (Abras) e de Embalagens (Abre) firmaram pactos setoriais com o Ministério. No caso da Abras, a meta é reduzir o consumo de sacolas plásticas em 30% até 2013 e em 40% até 2015, considerando a produção de 2010 (14 bilhões de sacolas). Em relação às embalagens, a Abre se compromete até 2015, a incluir a simbologia técnica do descarte seletivo em mil produtos de âmbito nacional por ano e adicionar a identificação dos materiais em outras 300 embalagens também em cada ano.
"Com esse Plano, o Governo Brasileiro cumpre, dentro do prazo, mais um dos compromissos internacionais assumidos nos acordos multilaterais das Nações Unidas", comemora a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Isso porque, em 2007, o Brasil aderiu ao Processo de Marrakesh. A iniciativa, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), tem o objetivo de apoiar e fortalecer programas que promovam mudanças nos padrões de consumo e produção (conceito apresentado pela primeira vez durante a conferência Rio 92).
A adesão cria a obrigação dos países de elaborarem um plano que identifique experiências avançadas de produção e consumo sustentáveis regionais, que possam ser disseminadas mundialmente. O acordo prevê que os resultados apresentados pelos países que participam do Processo sejam submetidos à Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até o final deste ano.
O Plano brasileiro foi elaborado de forma articulada, por meio de comitê gestor, composto por representantes do governo, da sociedade civil e do setor produtivo, foi submetido à consulta pública no ano passado e passou por amplo debate com todos os segmentos sociais.
Além de reunir boas práticas desenvolvidas de forma pulverizada, o Plano propõe uma série de ações articuladas, com definição clara de objetivos, recursos necessários e metas a alcançar, considerando seis linhas prioritárias para o primeiro ciclo (2011-2014): aumento da reciclagem; educação para o consumo sustentável; agenda ambiental na administração pública; compras públicas sustentáveis; construções sustentáveis; e varejo e consumo sustentáveis.
A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, explica que essas prioridades dialogam com outras políticas importantes de Governo, como a de Resíduos Sólidos, Mudanças Climáticas e Produção Sustentável da Agricultura Familiar. Queremos dar escala e aperfeiçoar o que já existe e valorizar ações de setores que extrapolam as fronteiras da esfera de governo , afirma.
Consumo - O novo Plano terá, até 2014, o desafio de convencer o consumidor a aderir a práticas de sustentabilidade na hora das compras e do descarte dos produtos. As pesquisas que dão sustentação ao PPCS indicam que a população, principalmente a classe média, demonstra conhecimento sobre o que é bom para a preservação do meio ambiente.
O problema é que ainda são poucos os que adotam práticas sustentáveis no seu dia-a-dia. Para reverter o quadro, estão previstas ações que estimulem o consumo consciente, sem desperdícios e a opção por produtos saudáveis com cadeia produtiva sustentável. A intensificação de campanhas de educação ambiental. O governo vai, também, usar o seu poder de compra (4% do PIB) para estimular a produção de bens e serviços com critérios de sustentabilidade. 

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA

Andre Alliana
O Programa Cultivando Água Boa da Itaipu Binacional realiza hoje o seu 9º encontro anual.  Mais que um encontro de discussão das políticas ambientais da Itaipu, o encontro se tornou um momento de reflexão coletiva sobre como queremos que nossa região se desenvolva.
O encontro é um espaço para discussão dos mais de 20 subprogramas e, 65 ações ambientais realizadas nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3, além de alguns outros municípios que também passaram a fazer parte de algum programa ambiental da Itaipu Binacional.
O encontro, na verdade, além de um momento de reflexão, é também um momento de discussão coletiva dos encaminhamentos de cada uma das ações e o replanejamento das ações futuras. Essa discussão coletiva da Itaipu com toda a sociedade, é ao mesmo tempo um feedback fundamental para a avaliação dos gestores como principalmente o empoderamento pela sociedade de uma ação que poderia ser meramente governamental.
Nesse ano, outro foco que norteará as discussões é a realização em junho do ano que vem da Rio+20, e com ela, as discussões da erradicação da pobreza e a economia verde, ou seja, é a efetivação do discurso de ação local com visão global. 
A erradicação da pobreza é um dos norteadores da gestão da nova presidente do Brasil, Dilma Roussef A economia verde é uma exigência da sobrevivência humana no planeta, que não suporta mais nosso modo de produção e consumo.
Quando as primeiras ações do programa Cultivando Água Boa começaram a ganhar formato em 2003, muitos acreditaram que não passava de mais um projeto político e até eleitoreiro de seus idealizadores, pois até então a Itaipu Binacional não tinha como hábito interagir de tal forma com a grande maioria dos envolvidos.
Para melhor compreensão da magnitude disso, vou abordar apenas um aspecto de um dos 20 programas: o Coleta Solidária
  Quando no passado, um catador de materiais recicláveis, que vivia absolutamente a margem da sociedade, iria imaginar que a Itaipu Binacional iria passar a colocar toda sua expertise, envolvida no desenvolvimento e fabricação de inúmeros carrinhos de tração humana e, posteriormente carrinhos elétricos especialmente projetados e construídos para atender as necessidades desses catadores.
Esse mesmo catador também não poderia imaginar que além dos carrinhos, a Itaipu iria se preocupar com a exploração de mão de obra desses trabalhadores por terceiros, vindo a incentivar a organização de associação e cooperativas de catadores, para que estes fossem donos do seu negócio e que este negócio tivesse formatação de grande empreendimento econômico.
Hoje, tão frágil situação desse trabalhador conta com apoio de diversos técnicos, disponibilizados não só pela Itaipu, como também outras ONGs que recebem apoio  da Itaipu, a exemplo do Instituto Lixo e Cidadania e o Movimento Nacional os Catadores de Materiais Recicláveis.
Lembrando que o Coleta Solidária é apenas um dos menores dos muitos subprogramas e ações do Cultivando Água Boa.
 De todas as ações da Itaipu Binacional no âmbito do Programa Cultivando Água Boa, o bem mais cultivado e que melhores frutos está rendendo, é a transformação da compreensão das pessoas envolvidas no processo de comprometimento com a sustentabilidade ambiental e social.
Essa transformação não se faz do dia pra noite, ali se vão nove anos de gradativo crescimento coletivo Ainda é pequeno o numero de pessoas que reproduzem esse comprometimento, mas esse pequeno número de convencidos é na verdade as primeiras sementes cultivadas por este programa, e serão elas que germinarão e frutificarão, criando uma nova geração, até o dia em que a tão sonhada geração sustentável tenha tomado conta da sociedade.

Andre Alliana, é ex-Secretário Municipal do Meio Ambiente de Foz do Iguaçu, já foi membro titular do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA e Presidente -Sul da ANAMMA - Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente.
Dúvidas ou sugestões: naturalmenteambiental@gmail.com

Ps. Artigo publicado também no Jornal a Gazeta do Iguaçu de 24/11/2011 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A ilusão de uma economia verde

Educação Ambiental Foz do Iguaçu-PR: A ilusão de uma economia verde: Por: Leonardo Boff Tudo o que fizermos para proteger o planeta vivo que é a Terra contra fatores que a tiraram de seu equilíbrio e provo...

Por que a governança mundial do meio ambiente caminha tão lentamente

Educação Ambiental Foz do Iguaçu-PR: Por que a governança mundial do meio ambiente cami...: Por Pierre Calame Se acreditarmos nos jornais, a tomada de consciência sobre os problemas ambientais globais é muito forte. Como, então, n...

Campanha da separação do lixo volta a ser veiculada na mídia a partir de domingo


 

Foto Campanha da separação do lixo volta a ser veiculada na mídia a partir de domingo

 

18/11/2011
A partir deste domingo (20/11), no intervalo do Fantástico, da TV Globo, a campanha "Separe o lixo e acerte na lata", dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social, volta a ser veiculada. Os filmes e spots da campanha serão também divulgados nas principais emissoras de TVs e de rádios do Brasil até o dia 8 de dezembro. Acesse o linkhttp://www.separeolixo.com/ para mais informações.
Com o slogan "Separe o lixo e Acerte na Lata", a campanha quer alcançar os lares brasileiros, preparando eles para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, começando com um simples gesto de separar o lixo seco do úmido. A campanha procura mostrar os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País.
A separação do lixo seco e do úmido permite ao catador, principal aliado no processo de reciclagem, acesso mais rápido e higiênico aos resíduos descartados, garantindo dignidade e renda para milhares de famílias.
Além da mobilização da sociedade, a campanha ressalta a riqueza ambiental e social do lixo. A intenção é demonstrar o desperdício de recursos naturais consumidos na fabricação de novos produtos e a poluição provocada pela sua manufatura.
A iniciativa da campanha reforça a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei 12.305), aprovada no final de 2010, que prevê a desativação dos lixões até 2014. Com isso, os aterros sanitários deverão receber apenas os rejeitos, aquilo que não pode mais ser reutilizado ou reciclado.
Em função da nova realidade, a coleta seletiva e a logística reversa terão de ser implantadas em todos os estados e municípios e a população é parte fundamental para iniciar o processo dentro de casa.
Também é uma oportunidade de divulgar as diretrizes propostas pela PNRS, importantes instrumentos, como a logística reversa dos itens previstos na lei, ações de Educação Ambiental e demais encaminhamentos do Comitê Interministerial para discussões sobre a nova política.

História - Há mais de 20 anos, o Brasil esperava pela aprovação de um marco legal que definisse instrumentos e responsabilidades para a geração dos mais diversos tipos de resíduos sólidos, entre eles, a novidade dos materiais eletrônicos, para os quais não existe lei federal definindo o descarte.
O que se pretende com a nova política nada mais é do que a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, a adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais e a gestão integrada de resíduos sólidos, entre outros. Um outro importante objetivo é a integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
A nova política é clara em definir de que forma se dará o gerenciamento de resíduos sólidos, indicando inclusive sua ordem de prioridade que será a de não-geração, a de redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos.


domingo, 20 de novembro de 2011

Contribuições

Caros amigos, com muito prazer que passo a contribuir com este blog, criado pelo amigo e companheiro de lutas, André Alliana.

Postarei aqui textos, artigos e notas relacionadas com a preservação ambiental, o planejamento sustentável da cidade e, é claro, as ideias que tenho para ajudar o mundo a ser ainda melhor. Para todos.

Um grande abraço e nos vemos por aqui, agora, todas as semanas!

Luiz Henrique.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Estrada do Colono e as diferentes visões

 Na semana passada, estive em Serranópolis do Iguaçu, participando da Audiência Pública da Câmara Federal, para discutir o Projeto de lei 7.123/2010 do Deputado Assis do Couto. A proposta cria a estrada-parque “Caminho do Colono”, no Parque Nacional do Iguaçu.
O Deputado Federal Eduardo Sciarra como presidente da Comissão Especial que vai analisar o projeto, coordenou a audiência que contou ainda com a presença do relator, o Deputado Nelson Padovani e do Deputado Dilceu Sperafico.
Alem deles, a audiência publica contou também com a presença de diversos prefeitos e vereadores da região, do Bispo Emérito de Foz do Iguaçu Dom Laurindo Guizardi, além de lideranças e moradores do município.
Como atual presidente da ADEAFI – Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu tinha obrigação de participar, pois foi a ADEAFI que, em 1986  provocou o fechamento daquela estrada, via judicial.
Como já era de se esperar, naquela localidade, fui o único que se manifestou contrário à reabertura da estrada, apresentando justificativas ambientais irrefutáveis.
De lá pra cá, muitos foram os apoios e as criticas da posição da ADEAFI.
O que precisa ser esclarecido, é  que cada um tem o seu papel na sociedade e cabe exatamente as ONGs ambientais fazer o enfrentamento a toda e qualquer ação, que potencialmente pode causar algum dano ao meio ambiente.
Nesse sentido, é fundamental que os diversos setores da sociedade apresentem sua visão.
Uma organização econômica vai tender a priorizar a importância econômica de determinado fato, assim como um representante eleito de uma determinada organização política vai priorizar o interesse de seus representados. Ou seja, para uma ONG Ambiental, as ameaças ao meio ambiente têm naturalmente mais peso que um argumento econômico.
Deixo isso bem claro, até para diferenciar a minha posição como dirigente de uma ONG ambiental, da que defendo como cidadão comum e também como profissional da área ambiental.
Do ponto de vista de um Deputado, ou prefeito eleito com os votos de moradores de cidades onde a maioria deseja a abertura da Estrada, eles têm praticamente a obrigação de defender esses interesses.
Os demais representantes da classe política brasileira, tem a obrigação de refletir sobre o tema não sob a ótica de quem vive, ou  depende da região, mas sim com o olhar de quem vê o Brasil como um todo, e nesse aspecto, talvez optem por defender a preservação integral de um Patrimônio Natural da Humanidade, justamente por ser a maior e mais importante área de conservação da nossa mata atlântica. 
Como atual presidente da ONG continuarei defendendo a não reabertura da estrada, da mesma forma que defendo uma compensação aos municípios prejudicados economicamente, a exemplo dos royalties da Itaipu.  Esses royalties seriam oriundos dos recursos recebidos no pagamento da visitação no Parque Nacional. A distribuição teria que avaliar aspectos não só de área florestada, mas principalmente, danos econômicos e sociais causados, coisa que não foi avaliada nos royalties da Itaipu.
Como cidadão comum e profissional da área ambiental admito que a proposta apresentada avançou bastante em vista das iniciativas passadas. O projeto prevê o não funcionamento da Estrada no período noturno, a proibição de circulação de veículos de carga e de transporte coletivo e que a mesma não seja asfaltada, mas executada com técnicas que possibilitem a permeabilidade do solo sob a estrada.
Acredito que muito ainda se pode propor para evitar ao máximo os prejuízos óbvios que a mesma trará a fauna e a flora daquela região do Parque Nacional.
Uma coisa é certa sem o contra ponto das ONGs ambientais, não teríamos mais o bioma da mata atlântica e o bioma amazônico pouco teria sobrado.
O desejo imediato de crescimento econômico infelizmente move os homens da atualidade, assim como o desejo pela sobrevivência moverá os homens do futuro a lutar com todas as suas forças pela recuperação ambiental.
Vemos a luta dos interesses do presente em disputa com os interesses do futuro, e como ninguém do futuro vem para lutar agora, obviamente perdem essa luta insana.


Você quer que seja abordado algum tema ambiental específico?
Mande suas dúvidas ou sugestões para o e-mail: naturalmenteambiental@gmail.com
                                                     
Andre Alliana, é o preside a ADEAFI – Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu e atua como Consultor, Gestor e Perito Ambiental.

O contraditório na audiência pública para discutir o projeto de lei que cria a Estrada-Parque Caminho do Colono

Como não poderia deixar de acontecer, na audiência pública que ocorreu em Serranópolis do Iguaçu para tratar do projeto de lei n° 7.123/2010, que institui a Estrada-Parque Caminho do Colono entre Serranópolis do Iguaçu e Capanema no leito da estrada já existente do Parque Nacional do Iguaçu, também apareceram opiniões contrárias.

Técnico Ambiental André Allina, do ADEAFI
A voz contrária foi a do especialista em gestão ambiental André Alliana, representando a ADEAFI – Associação  de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu.
Em sua explanação o técnico André discorreu sobre o aquecimento global, da necessidade da preservação do meio ambiente e que a reabertura da estrada trará muitos prejuízos ao meio ambiente.
Uma parte do que disse chamou atenção: “Em 1986 a estrada foi fechada. Estudos realizados posteriormente mostraram a importância dessa área para a circulação da fauna. Estudos mais recentes mostram que, numa área natural, é necessário um mínimo de 2 km para amortizar o efeito externo. Aplicando-se este princípio, pode-se observar que o impacto de uma estrada de 18 km no Parque Nacional do Iguaçu acarreta na realidade uma perda de área protegida na ordem de 72 Km² (7.200 ha) o que representa cerca de 4% da área do parque. Ou seja, não se trata apenas de uma estrada e sim da perda de quase 5% do Parque Nacional do Iguaçu. Vale destacar que toda a área de uso turístico, frequentada por cerca de 1 milhão de pessoas por ano equivale a,  aproximadamente, 5%  da área total do parque. Ou seja, a Estrada do Colono, que atendia apenas a um pequeno grupo de pessoas, acarretava o mesmo grtau de impacto de toda a área de visitação às cataratas.” E continuou, ampliando os efeitos negativos: “a fragmentação do parque em 2 partes com a estrada criará mais situações negativas ao meio ambiente”.
Mas finalizando, reconheceu que o projeto em análise diminui consideravelmente os efeitos negativos com as medidas que serão tomadas, no novo formato.
A ADEAFI foi a Ong que entrou com a ação na Justiça Federal que culminou com o fechamento da Estrada do Colono em 1986.
OUTROS TÉCNICOS NÃO CONCORDAM COM ANDRÉ
Euclides Basso contrariando as opiniões de André Alliana
Em continuidade à audiência outros técnicos se manifestaram não concordando com as opiniões do André e da ADEAFI.
O professor de geografia, o sr. Euclides Basso não concordou com as afirmações contrárias a reabertura da estrada. Afirmou, que com as medidas de segurança ambiental previstas no projeto, os efeitos serão os mínimos, em comparação com a educação ambiental que gerará nos visitantes e os cuidados que serão implantados.
Vereador Evandro Mazurana
O presidente da Câmara de Vereadores de Serranópolis do Iguaçu Evandro Mazurana, também formado em Gestão Ambiental, defendeu a Estrada Parque Caminho do Colono no Parque Nacional do Iguaçu, discorrendo sobre os benefícios e que da forma projetada não trará prejuízos ao meio ambiente. Em muitos lugares do Brasil e no mundo existem estradas nestes moldes e não trazem prejuízos ambientais. O recomendável, agora, e unir o homem ao meio ambiente, convivendo de forma harmônica.

Matéria publicada originariamente no Site Kangourou
http://kangourou.com.br/?tag=audiencia-estrada-do-colono

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vídeos ambientais serão exibidos em duas mil salas do País



Nayara Pereira/MMA
Foto Vídeos ambientais serão exibidos em duas mil salas do País
MMA começou distribuição do material selecionado para o Circuito Tela Verde . A expectativa é que os trabalhos contribuam para o debate sobre sustentabilidade com vistas à Rio+ 20, marcada para junho de 2012.

Letícia Freire
Começou nesta sexta-feira (11/11) a distribuição dos 82 vídeos ambientais selecionados para o Circuito Tela Verde. Vídeos de animação, clipes e filmes didáticos serão exibidos em 2 mil salas em todos os estados brasileiros a partir do dia 21 de novembro até o final de dezembro. A expectativa é de que no período mais de 10 mil pessoas assistam as sessões, sempre seguidas por debates sobre meio ambiente.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, espera que o circuito dê uma contribuição substancial para o debate sobre sustentabilidade com vistas à Rio+ 20, marcada para junho de 2012. O Circuito Tela Verde é um dos principais programas de educação ambiental do Ministério do Meio Ambiente. "É uma forma de trabalhar o tema socioambiental, usando com mais eficiência os meios de comunicação", disse.
A 3ª edição do circuito, lançada na quinta-feira (10/11) na Universidade de Brasília, com a exibição de 10 curtas de animação e três filmes ambientais, um deles, "Em busca da Carobinha", é um bom exemplo de busca de identidade social associado a práticas ambientais. Realizado pelo projeto Vídeo Ambiental, coordenado por Eduardo Strucchi, narra a história dos pequenos habitantes de um planeta chamado "Carobinha". Eles visitam a Terra em busca da semente de Caroba (Jacarandá puberula). Nessa procura, os extraterrestres se unem aos estudantes de uma escola da favela do Rio de Janeiro.
O filme foi todo rodado na escola. O objetivo da produção foi promover o resgate do nome da comunidade, marcado pela violência.

Câmara regulamenta profissão de catador e reciclador

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou hoje um projeto de lei do Senado que regulamenta a profissão de catador de materiais recicláveis e de reciclador de papel. O parecer do relator, deputado Marçal Filho (PMDB-MS), foi favorável à constitucionalidade e juridicidade do projeto. Como a proposta tramita em caráter conclusivo e já havia sido aprovada pelas demais comissões competentes, o texto segue agora para sanção presidencial.

O projeto define o catador como o profissional autônomo ou associado de cooperativa que cata, seleciona e transporta material reciclável nas vias públicas e nos estabelecimentos públicos ou privados para venda ou uso próprio. Já o reciclador é aquele que recicla papel para venda ou uso próprio. Ele pode atuar de forma autônoma ou integrar-se à cooperativa e trabalhar em casa ou em outro local adequado à atividade.
De acordo com a proposta, para atuar como catador ou reciclador, o profissional deverá registrar-se na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de sua cidade. O registro será feito por meio da apresentação do documento de identidade, do título de eleitor com os comprovantes de votação e do certificado de reservista militar.
As informações são da Agência Câmara de Notícias.

Matéria publicada originariamente do site Pequenas Empresas & Grandes Negócios http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/1,,EMI279536-17180,00.html

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novo relatório do IPCC recomenda adaptação às mudanças climáticas

Estudo afirma que desastres climáticos vão aumentar nos próximos anos

As perdas e danos provocados por cheias, secas e ondas de calor aumentarão neste século, a menos que a humanidade se antecipe à catástrofe, destaca um relatório de um painel de especialistas da ONU, que será publicado na próxima sexta-feira (16).
Em uma extensa avaliação de 800 páginas, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) - co-ganhador do Nobel da Paz em 2007 juntamente com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore - afirma que o aquecimento global intensificará a frequência e a força de eventos climáticos extremos e que é preciso preparar defesas agora para evitar danos maiores no futuro.
"A natureza e a severidade dos impactos dependem não apenas dos [eventos] extremos em si, mas também da vulnerabilidade e da exposição" a eles, destaca a versão resumida do relatório, obtida pela AFP.

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O documento de 20 páginas está sendo examinado esta semana durante reunião do IPCC, formado por 194 países em Kampala, Uganda.
Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, enviou uma mensagem clara neste sentido, pedindo ao mundo que "se prepare" durante fórum climático celebrado em Dacca, Bangladesh.
"Os perigos naturais não precisam causar uma catástrofe humana", disse. "Há muitas soluções com boa relação custo-benefício que comunidades e países podem adotar para reduzir o impacto de eventos climáticos extremos", acrescentou.
Os países pobres, com estreita margem de manobra, serão os primeiros e os mais duramente afetados.
Mas a onda de calor, que matou 70 mil pessoas na Europa em 2003, e as cheias provocadas pelo furacão Katrina, em Nova Orleans (EUA), em 2005, são lembretes letais de que os países ricos também devem se preparar para os impactos.

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O relatório lembra, no entanto, que todos os esforços de adaptação podem ser superados a menos que as emissões de carbono que causam o aquecimento global sejam contidas.
Mudanças climáticas e gestão de risco
O relatório, produto de três anos de trabalho com base em milhares de artigos científicos, é o primeiro do IPCC dedicado a esquadrinhar os vínculos entre as mudanças climáticas e os eventos extremos.
Também se trata da primeira vez que o Painel costura ciência climática e gestão de risco em uma única análise.
Desde que o IPCC publicou seu primeiro relatório de avaliação, em 1990, "comunidades de pesquisa historicamente distintas" trabalharam de forma independente e produziram relatórios separados.
Esta separação foi, provavelmente, um equívoco, afirmaram à AFP especialistas das duas áreas.
"Especialistas em calamidades têm experiências que podem servir de base para a adaptação às futuras mudanças climáticas", afirmou Tom Downing, diretor da consultoria Global Climate Adaptation Partnership, de Oxford (Inglaterra).
"É encorajador ver o IPCC levar essa integração adiante em um relatório inovador", acrescentou.
"Uma das mensagens chave deste relatório é a ênfase na exposição e na vulnerabilidade", avaliou Will Steffen, diretor do Instituto de Mudanças Climáticas da Universidade Nacional da Austrália.
"A ciência é apenas parte do quebra-cabeça. As outras têm a ver com a resiliência e adaptabilidade das pessoas", acrescentou.
Neville Nicholls, professor da Universidade Monash, em Melbourne, e principal autor de um capítulo estritamente científico sobre como as mudanças climáticas afetam o clima, disse que a colaboração "fortalece os dois lados".
Ela "fez os cientistas se concentrarem muito mais no que a comunidade de risco realmente precisa e a comunidade de gestão de catástrofes tem uma ideia melhor do que nós podemos e não podemos dar a eles", disse, por telefone.
A mudança de rumo ocorre após alguns equívocos no renomado Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007, que arranharam a imagem do IPCC.
A maior parte dos erros, inclusive uma estimativa grosseiramente imprecisa sobre o ritmo de derretimento das geleiras do Himalaia, teve origem em parte na pobre coordenação entre estas comunidades, reconhecem os cientistas do Painel.
Soluções de adaptação
O novo relatório, orientado para a busca de soluções para o problema, identifica ações relativamente fáceis e baratas, tais como sistemas de alerta precoce em áreas propensas a ser atingidas por enchentes e ondas de calor.
Códigos de construção melhorados e capacidade de antecipação também podem a salvar vidas em regiões afetadas por furacões.
Mas quanto mais estas soluções forem adiadas, mais caras ou ineficazes se tornarão, alerta o documento.
Muitas estratégias de adaptação já foram implantadas, especialmente ao nível local.
Por exemplo, manguezais recém-plantados em Vietnã, Camboja e Mianmar ajudam a reduzir a força destrutiva de ciclones, aumentada por mares mais quentes e elevados. Além disso, novas cepas de milho, arroz e feijões resistentes ao calor podem salvar milhares de vidas.
Segundo o Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR, na sigla em inglês), mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em meio a uma combinação de fatores que pode levar ao desastre alimentar.
Mas, às vezes simplesmente não há soluções, ressalta o relatório, como no caso dos moradores de algumas nações insulares, que precisarão ser relocados definitivamente por causa da elevação do nível do mar.

*Publicado origináriamente no site Último Segundo

DEVASTAÇÃO URBANA

Sábado pela manhã, com o argumento de construir recuos e contornos, dez árvores foram derrubadas na Avenida JK
Notïcias de Foz do Iguaïçu, PR

Caro leitor, tente derrubar uma árvore na frente de casa. É fácil? Mesmo que você prove estar correndo perigo morando embaixo dela, terá de fazer algumas viagens à Prefeitura e ao IAP para conseguir - se conseguir - autorização. Mas isso só acontece ao cidadão, pois a recíproca não é verdadeira. O poder público pode chegar e arrancar as árvores urbanas livremente, sem consultar a comunidade do entorno, simplesmente baseando-se na análise dos engenheiros de trânsito que classificam a derrubada como “fundamental para adaptar o tráfego”. Isso seria razoável, tendo em vista a seriedade dos profissionais da área. Mas, veja bem, não são os mesmos engenheiros que pensam o transporte público de Foz? Há credibilidade neste caso?

Sábado pela manhã, com o argumento de construir recuos e contornos, dez árvores foram derrubadas na Avenida JK, esquina com a Xavier da Silva. Depois da ação predatória, era possível observar a mudança na paisagem urbana que, de arborizada, com boa sombra e melhor conforto térmico, ficou mais cinza, mais feia e muito mais quente. Alguns lojistas, antes protegidos pelas árvores, passaram a receber o sol da tarde - o pior - diretamente em suas fachadas. Veja a foto:

Eu vinha voltando para casa, num sábado, depois de ir ao mercado comprar ração para meu cachorro, quando me deparei com uma cena aterrorizante: homens, munidos de suas moto-serras e caminhões, estavam destruindo a paisagem de um dos trechos mais bonitos da malha viária urbana de Foz. Em poucas horas, cerca de dez árvores que produziam sombra, conforto térmico e agradavam nossa vista foram cruelmente cortadas sem ao menos uma consulta com a população do entorno, a maior prejudicada com a arbitrariedade.

Não vejo problema em adaptar a estrutura urbana ao tráfego de veículos, mas faço algumas perguntas:

1 - Por que a população do entorno não foi consultada? Um dos princípios básicos da boa administração pública contemporânea é horizontalidade. O gestor público é um representante da população. O teocentrismo não vale na democracia e a vontade do administrador não é soberana. Para abrir ruas, cortar árvores e mudar a vida das pessoas, estas devem ser minimamente consultadas.

2 - Qual ação de mitigação está sendo tomada? Ou os moradores e comerciantes vão ter de engolir o dióxido de carbono e o calor? Foz recua na gestão ambiental urbana de avenidas com ações como essa.

3 - Estamos abrindo mais espaço para os carros, mas onde estão as políticas de criar alternativas ao cidadão como ciclovias, faixas de caminhadas e transporte coletivo de qualidade? Por que sempre valorizar os carros? Será esta a melhor política urbana? As grandes cidades fizeram exatamente isso há 30 anos e hoje correm atrás do prejuízo. Será que não podemos aprender com os erros dos outros ao invés de apenas repetir?

Sem falar que destruir árvores em um feriadão, com a cidade lotada de turistas visitando Foz por suas belezas naturais, há menos de uma semana de termos eleito uma das Sete Maravilhas da Natureza, ficou bem feio para a cidade.

Acredito que a política de mobilidade urbana deve contemplar não só os carros. Deve atender também às pessoas, ao meio-ambiente e ao visual urbano. Arbitrariedades ou ações baseadas apenas em laudos técnicos não condizem com o atual período. Participação popular sim.

Fica a dica às autoridades.




* Luiz Henrique Dias é escritor, estudante de Administração Pública e observador urbano. Siga ele lá no twitter: @LuizHDias ou acesse: luizhenriquedias.com.br


Texto publicado origináriamente do site Click Foz:
http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/devastacao-urbana

Leia também:
Artigo de Andre Alliana: Árvores da Vida: http://naturalmente-ambiental.blogspot.com/2011/09/arvores-da-vida.html
Nova Chacina Ambiental: Av. Paraná foi palco de desmatamento urbano neste domingo http://www.iguassureporter.com/2011/09/nova-chacina-ambiental-av-parana-foi-palco-de-desmatamento-urbano-neste-domingo/
Chacina Ambiental: JK e Marechal Floriano viram palco de desmatamento urbano: http://www.iguassureporter.com/2011/09/jk-e-marechal-floriano-viram-palco-de-desmatamento-urbano/

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ouça minha entrevista na Rádio CBN-Foz sobre a Audiencia Pública da Estrada do Colono

“Audiência pública sobre a Estrada do Colono foi um palco”, diz ambientalista.
Luís Henrique Scheffer entrevista o ambientalista André Aliana, sobre a audiência pública para debater a Estrada do Colono, em Serranópolis do Iguaçu, realizada na sexta-feira.


sábado, 12 de novembro de 2011

Ambientalista faz sozinho o contraponto em audiencia pública pela reabertura da Estrada do Colono

Maioria dos moradores aprova reabertura da Estrada do Colono - O Estado do Paraná

O contraditório esteve representado pelo ambientalista Andre Alliana, representande da organização não governamental que obteve a sentença favorável ao fechamento da Estrada do Colono, em 1986. Alliana, embora contrário a reabertura, admite que a proposta atual contempla avanços, nõ permitindo veículos de transporte coletivo nem cargas.

Para ler a matéria na integra clique aqui: http://oestadodoparana.pron.com.br/politica/noticias/52877/?n=maioria-dos-moradores-aprova-reabertura-da-estrada-do-colono